terça-feira, 19 de junho de 2007

Lula viajou. Na maionese

Na posse, hoje, do ministro Mangabeira Unger, o presidente Lula insistiu na necessidade de dar continuidade a programas e obras de governos anteriores. As obras não são de um governo, são do País, disse. Visão de Estado é isso. Como Lula só fala de improviso, a certa altura lançou uma dúvida: "porque não fizemos a reforma agrária no começo do século?". Ninguém teve coragem de perguntar ao presidente a qual século ele estava se referindo. Se foi ao século 21, a culpa é de FHC, que estava no governo - e de Lula, que não deu continuidade. Mas se foi ao século 20, o presidente deve tomar aulas particulares com Marco Aurélio Garcia, seu assessor-historiador. Dar terra a quem? - Aos escravos libertados completamente em 13 de maio de 1888? E quem faria? - O marechal Deodoro, ou Floriano? Como seriam pagos os barões do café? - Até seria bom negócio para eles, pois estavam arruinados, tanto que cruzaram os braços e deixaram a monarquia acabar. Mas quem financiaria a atividade dos novos proprietários?
Não tem sentido pedir para o presidente ficar quieto. Tem gente eleita, bem nascida, bem estudada, com três diplomas no currículo, que diz besteiras piores.

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