quarta-feira, 20 de junho de 2007
Wellington Salgado - cabelos longos e idéias curtas
Conselho de ética do Senado - melhorou o nível?
Renan Calheiros - o problema é só carnal
O mito da cordialidade
Prendam o procedimento!
- "Por minha vontade, não faltaria um único remédio, por um único dia."
E complementa: alguns problemas em licitações também atrasaram a reposição. Problemas causados pela vontade de quem, Secretário? O atento Galindo deixou escapar a pergunta inadiável. Quanto aos problemas de licitação, com laboratórios que demoram para apresentar os preços, fica outra pergunta: a Secretaria não faz planejamento de suas ações?
Mangabeira Bolodório Unger
- O engrandecimento do Brasil soará em todos os recantos da Terra, como o grito de uma criança ao nascer, prometendo um novo começo para o mundo. Presos a seus afazeres, ansiosos para esquecer que morrerão, homens e mulheres pararão por um instante, perturbados por esperança inesperada. Ouvirão nesse grito a profecia do casamento da pujança e da ternura.
"Casamento da pujança e da ternura" - não seria "com" a ternura? que metáfora ridícula! "O engrandecimento soará como o grito de uma criança ao nascer" - ele acaba de fazer a cesariana do Brasil, que desde a Independência está deitado eternamente. E eu aqui atormentando (e reprovando) alunos por causa da retórica vazia, do bolodório, do encher lingüiça. Depois de Mangabeira os meninos vão achar que o certo é isso mesmo - podem acabar em Harvard, titulares do curso de Direito, e na pior das hipóteses ministros de Estado.
Lula magnânimo. Mangabeira o quê?
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Pôr fim ao governo Lula
AFIRMO que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos.
Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. As provas acumuladas de seu envolvimento em crimes de responsabilidade podem ainda não bastar para assegurar sua condenação em juízo. Já são, porém, mais do que suficientes para atender ao critério constitucional do impedimento. Desde o primeiro dia de seu mandato o presidente desrespeitou as instituições republicanas. Imiscuiu-se, e deixou que seus mais próximos se imiscuíssem, em disputas e negócios privados. E comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a investigação de seus abusos.
Afirmo que a aproximação do fim de seu mandato não é motivo para deixar de declarar o impedimento do presidente, dados a gravidade dos crimes de responsabilidade que ele cometeu e o perigo de que a repetição desses crimes contamine a eleição vindoura. Quem diz que só aos eleitores cabe julgar não compreende as premissas do presidencialismo e não leva a Constituição a sério.
Afirmo que descumpririam seu juramento constitucional e demonstrariam deslealdade para com a República os mandatários que, em nome de lealdade ao presidente, deixassem de exigir seu impedimento. No regime republicano a lealdade às leis se sobrepõe à lealdade aos homens.
Afirmo que o governo Lula fraudou a vontade dos brasileiros ao radicalizar o projeto que foi eleito para substituir, ameaçando a democracia com o veneno do cinismo. Ao transformar o Brasil no país continental em desenvolvimento que menos cresce, esse projeto impôs mediocridade aos que querem pujança.
Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou.
Afirmo que a oposição praticada pelo PSDB é impostura. Acumpliciados nos mesmos crimes e aderentes ao mesmo projeto, o PT e o PSDB são hoje as duas cabeças do mesmo monstro que sufoca o Brasil. As duas cabeças precisam ser esmagadas juntas.
Afirmo que as bases sociais do governo Lula são os rentistas, a quem se transferem os recursos pilhados do trabalho e da produção, e os desesperados, de quem se aproveitam, cruelmente, a subjugação econômica e a desinformação política. E que seu inimigo principal são as classes médias, de cuja capacidade para esclarecer a massa popular depende, mais do que nunca, o futuro da República.
Afirmo que a repetição perseverante dessas verdades em todo o país acabará por acender, nos corações dos brasileiros, uma chama que reduzirá a cinzas um sistema que hoje se julga intocável e perpétuo.
Afirmo que, nesse 15 de novembro, o dever de todos os cidadãos é negar o direito de presidir as comemorações da proclamação da República aos que corromperam e esvaziaram as instituições republicanas.
Artigo publicado na edição de 15/11/2005 do jornal Folha de S. Paulo
Os encontros secretos de Lula
18 de junho de 2007
Heliponto privativo do edifício muito sobrevoado pelas aeronaves dasTVs e freqüentado por transportadores de malotes especiais.
Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro
Como cenário, os fins de semana na cidade do Obelisco dos Heróis da Revolução de 1932 quando a sociedade, sob céu azul e esparsas nuvens, relaxa em busca de lazer, exercícios físicos, banho de sol no Ibirapuera e em outros parques da intrépida capital dos brasileiros que amam o trabalho digno e desejam o progresso da Pátria, com respeito à Lei e à Ordem. São sucessivos sábados e domingos em que a sociedade busca se refazer das angústias e inseguranças do destino do país, impactado há longos anos pela escalada da corrupção que alcança os três poderes da República.