quarta-feira, 20 de junho de 2007

Mangabeira Bolodório Unger

O ministro professor Mangabeira Unger vai render muita gozação. E não é pelo sotaque nem pelo modo de vestir: o que era aquilo de gravata e camisa no mesmo tom, ontem, na posse? É que se a gente espremer o que ele fala não sai nada. Vejam um trecho de seu discurso de posse.
  • O engrandecimento do Brasil soará em todos os recantos da Terra, como o grito de uma criança ao nascer, prometendo um novo começo para o mundo. Presos a seus afazeres, ansiosos para esquecer que morrerão, homens e mulheres pararão por um instante, perturbados por esperança inesperada. Ouvirão nesse grito a profecia do casamento da pujança e da ternura.

"Casamento da pujança e da ternura" - não seria "com" a ternura? que metáfora ridícula! "O engrandecimento soará como o grito de uma criança ao nascer" - ele acaba de fazer a cesariana do Brasil, que desde a Independência está deitado eternamente. E eu aqui atormentando (e reprovando) alunos por causa da retórica vazia, do bolodório, do encher lingüiça. Depois de Mangabeira os meninos vão achar que o certo é isso mesmo - podem acabar em Harvard, titulares do curso de Direito, e na pior das hipóteses ministros de Estado.

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