quinta-feira, 14 de junho de 2007

Renan - o decoro e Cafeteira

Tem água no bule do Epitácio Cafeteira, relator no Senado do imbróglio Renan Calheiros-Mônica Veloso. Cafeteira queria arquivar, falta de provas, diz ele (v. postagem de hoje). O Jornal Nacional acaba de revelar o contrário: existem provas - e documentais, como Cafeteira exigiu - de que Renan utilizou notas fiscais de empresas fechadas, com um número de reses superior ao efetivamente vendido. Tudo para justificar renda de R$ 1,9 milhão de reais, que daria suporte à pensão que Renan pagava à jornalista. Está faltando alguém no processo: chama-se Epitácio Cafeteira, o relator.

(des)Utilidade pública

Do site da AL. Imaginem quando vier a televisão aberta. A nossa assembléia votou nesta semana leis declarando de utilidade pública – entre outros – a Associação Kaiko, de estudos de artes marciais em Londrina. E daí? Daí que a associação vai poder receber subvenções pelo orçamento do Estado, exigência antiga e restaurada na Lei de Responsabilidade Fiscal. Pródigo em criar despesas, o legislativo age como se a receita pública brotasse naturalmente da terra. Deputados, tenham responsabilidade fiscal!

Luana & Caetano

Já não era sem tempo: Caetano admitiu ter-se inspirado em Luana Piovani para compor Fruta Flor Folhuda (huumm...). Só mais ou menos, diz ele, não falei antes porque Luana vazou a informação. Deve estar sobrando pro Caetano. Nunca antes neste país se desdenhou uma deusa. O MAX propõe que Luana seja declarada de utilidade, interesse, adoração, veneração – até visitação - públicas. Ou tombada de vez. Mesmo com aquelas tatuagens violando o mármore vivo de seu esplendor. Luana, pode vazar o MAX inteirinho.

Renan, o decoro e a oitiva

Epitácio Cafeteira, relator, propôs o arquivamento da representação por quebra de decoro contra o senador Renan Calheiros. Insuficiência de provas. Provas, para Cafeteira, seriam as documentais. Está quase criando jurisprudência no poder legislativo a exigência da prova plena, como no processo judicial. Todos os parlamentares sabem que não é assim, mas não lhes interessa. Trata-se de julgamento político, e neste vale mais a posição majoritária da casa que as provas existentes – tanto para condenar como para absolver. Mas pelo amor do Lácio parem com isso de "oitiva" pra lá e pra cá. É jargão setecentista que só os advogados adoram. Tem palavras atuais e sinônimas. Oitiva lembra tiriva.

Relaxa e some, Waldir

Marta Suplicy reencarnou a sexóloga e sugeriu "relaxa e goza" aos passageiros sofrendo nos aeroportos. Bem mais tarde, desculpas e o remendo pior que o soneto: "queria dizer que viajar é bom". Na linha do "estupra mas não mata" do imortal Paulo Maluf. Um repórter pândego pediu opinião ao ministro da Defesa, e Waldir Pires, cérebro atolado no dendê: "eu não faria interpretação negativa". Waldir, qual é a interpretação positiva?

A agenda positiva do PMDB

Site da assembléia legislativa: W. Pugliesi, líder do PMDB, vai encaminhar "agenda positiva" – para conciliação entre os interesses do governo e os dos deputados. O líder do governo, deputado L. Romanelli, que é do PMDB, também participou. Não dá pra fazer uma agenda positiva para nós paranaenses? Pugliesi terá sucesso naquilo que o outro líder falhou? Mas por favor não imprimam a agenda na Editora Correio Paranaense, pois pode sair muito mais caro.

Botto e o banho turco

Sergio Botto voga na Turquia, apresentando trabalho no congresso internacional sobre segurança. Será que está se preparando para cargo na área? No almoço only for women, ontem numa cobertura do Batel, as damas nem aí para a destruição da pracinha. O assunto: Botto (coisa mais chata!) tem novo emprego, "confidenciou" uma das senhoras. Estava lá uma amiga do MAX, e muito mais amiga do Botto, que confirmou: "claro que sim, agora é segurança de banho turco".