Chocante. É o adjetivo mais ameno para o comportamento dos senadores no depoimento do advogado de Mônica Veloso, Pedro Calmon Mendes. PT e PMDB tentando a todo custo proteger Renan Calheiros e fazer de Mônica uma aventureira e oportunista. Um deles, senador Almeida Lima (PMDB-SE), inflamado, tribuno de júri, usou todas as entrelinhas possíveis, mas perfeitamente compreensíveis, para chamar Mônica de prostituta: insinuou relações íntimas da jornalista com Cláudio Gontijo, o lobista dado como intermediário do pagamento da pensão, ao ler cartão de agradecimento recebido dela.( Papel interessante o do lobista, de liberar o cartão...) Denunciou uma improvável e ridícula chantagem de vinte milhões de Mônica a Renan. E num lance teatral sugeriu um nome, que deixou no ar: Leidimar Pereira Leite - vamos ver o que vem plantado amanhã na imprensa. O senador Almeida Lima, agindo como cangaceiro macartista, jogou a dignidade do Senado lá embaixo. O advogado de Mônica, Pedro Calmon, jovem de quarenta anos, mostrou do que são feitos os verdadeiros advogados. Foi firme, enérgico, combativo.
Chocante. O que se debate no Conselho é a fonte dos recursos que Renan usou para pagar a pensão. Quem Mônica é ou deixa de ser não tem a menor importância. Até este momento foi o julgamento de Mônica e de seu advogado, lá chamados como testemunhas. E convidados. Portanto, faltou até educação ao Conselho de Ética. Se não fosse trágico pelo espetáculo que o Senado nos apresenta, o Conselho seria cômico.
Chocante. O que se debate no Conselho é a fonte dos recursos que Renan usou para pagar a pensão. Quem Mônica é ou deixa de ser não tem a menor importância. Até este momento foi o julgamento de Mônica e de seu advogado, lá chamados como testemunhas. E convidados. Portanto, faltou até educação ao Conselho de Ética. Se não fosse trágico pelo espetáculo que o Senado nos apresenta, o Conselho seria cômico.