quarta-feira, 2 de maio de 2007

Se orienta, Botto!

Dizem que o Botto também vai pro Japão. Assim, sem mais, só com o passaporte na mão e aquela inexaurível chama no coração? Então era tudo ficção, ele volta ao mangueirão. Vai de avião, na companhia do seu, do dele, do nosso Requião. Mas Botto, meu Botto, que carão! Se depender da legislação e deste seu irmão você só vai com nomeação. Afinal, sem essa precaução, como vamos fazer a escrituração? Botto, se orienta pela canção. No estado de seu coração, você só vai pro Japão num cargueiro do Lóide limpando o porão. Aprenda a lição!

Carta de Puebla

Como aqui é grátis, segue meu anúncio: preciso urgentemente do texto integral da Carta de Puebla. Virei e revirei os buscadores, fui até a Wikipedia e não encontrei. O máximo que existe está lá no Google, sempre os releases da Agência de Notícias sobre a opção deste governo pelos pobres. Como sou pobre e um daqueles dez mil que deram mais um mandato ao governador, sinto-me no dever de conhecer mais profundamente o pensamento de Roberto Requião. Com toda essa penúria de informação sobre a Carta acho injusto que só o governador a tenha lido. Cartas para www.rogerio.distefano@gmail.com.

Sanepar e as despesas de publicidade

A Gazeta do Povo hoje informa que o governador, em reunião privada com o dep. Romanelli, ontem, depois da festa do Primeiro de Maio, mostrou preocupação com as despesas da comunicação social da Sanepar e uma possível CPI. F. Campana também bate na tecla. Para lembrar, Sergio Botto, lá nos idos de dezembro passado, mandou abrir inquérito para investigar as despesas pela Sanepar. O inquérito deve estar em acelerado trâmite, como as outras investigações da companhia. Mas não é coisa nova a dúvida sobre as despesas. Quando estava no conselho de administração da Sanepar fiz relatório escrito e pedi investigação. Está registrado numa das atas de junho de 2006. Fiquei sozinho, vencido, inclusive com o voto de nosso destemido Sergio Botto. Na semana passada, graças à pista fornecida pela coluna do Celso Nascimento, fiz o dever de casa e vi os números no saite Gestão do Dinheiro Público, do governo do Estado. Parte deles está na postagem anterior, sobre o Correio Paranaense.
Essa história rendeu em minha gestão na Sanepar. Aguardem detalhes.

O Correio Paranaense

Alguém aí conhece a Editora Correio Paranaense Ltda.? Eu até que gostaria, pois seu jornal O Correio Paranaense deve ter uma excelente seção de horóscopos. Vasculhei bancas e bancas de Curitiba e Região Metropolitana. Fui até pesquisar na internet. Em vão. É pena, porque deixamos de conhecer uma empresa de excepcional crescimento e com certeza excelente corpo editoral. Devia até lançar ações na Bolsa. Confiram os números e a evolução anual do faturamento:
2004: R$ 5.250,00 - a partir de abril, em trabalhos para as secretarias da Educação, Ind. e Comércio e Cultura
2005: R$ 944.849,50 - o ano inteiro, para as secretarias, autarquias e estatais; o forte, Sanepar
2006: R$ 1.687.797,00 - o ano inteiro, idem, idem.
Mas refreio meu ímpeto de investidor quando vejo o faturamento de 2007: R$ 73.768,00 - para todos, forte a Sanepar. Isto nestes quatro meses, o que significa que, mantida a média, não chega aos R$ 200.000,00 até dezembro. O que acontece com a Editora? - Cresce de 2004 a 2006 e cai abruptamente em 2007? Mudou o governo, mudou a política, mudou a editora?

Tucuruvi, tucuruvia, tucuruvíamos

ESTADÃO DESTE PRIMEIRO DE MAIO: casal flagrado fazendo sexo em caixa eletrônico. Vem o sublead: casal de homens. O caixa eletrônico, do Banco do Brasil. A ocorrência se dá no Tucuruvi, bairro de São Paulo. Nosso Brasil realmente está se emancipando, com atestado de primeiro mundo. Vejam que o vetusto Estadão oficializa o vínculo monossexual – um aluno saiu-se com essa e só muito tempo depois saquei que ele também vinha do Tucuruvi. E que gesto mais patriótico, de fidelidade ao banco que nasceu antes do Brasil – de lá o PT financia Zezé di Camargo e lá mesmo se pode aplacar a fissura das gônadas.

Aplauso para a polícia paulista e seu excepcional tino investigativo. Nada de prendo e arrebento ou de requisitar a fita de vídeo. Os talentosos policiais limitaram-se a pedir a senha da conta.
Tucuruvi, tucuruvi. Chamei um craque no tupi-guarani, o Zeca Mercer, que explicou: "é que nem aquela tonga na mironga do Vinícius, um palavrão. Tu-cu-ruvi é frase completa, com sujeito, predicado e – principalmente – objeto, convite que os guerreiros faziam uns aos outros quando estavam longe de casa".