domingo, 27 de maio de 2007

Samuel "Ferroeste" Gomes dos Santos

O MAX inicia hoje a seção dos Perfis. Influência da antiga Seleções com aquele Meu Tipo Inesquecível.
O moço submergiu, anda sumido. Sinal de esperteza neste governo. Conheço dos tempos em que a PUC não era pontifícia e ele tinha cabelo. Moço inteligente, envolvente e articulado. Não saía daqui de casa, sempre com as namoradas, todas negras e todas lindas (depois virou negro – honorário, é diretor de Ong). Aparecia na hora do jantar, timing perfeito. Levei para o escritório, misturou política com direito, água e azeite, não deu liga. Fui fiador do aluguel e avalista do terno de formatura – assunto nosso, só prá lembrar. Advogou em Foz, virou petista e ganhou dinheiro, receita infalível de sucesso. Reapareceu diretor e agora presidente da Ferroeste, "apenas um balcão" diz ele no átimo de modéstia. Não me largava, me fez consultor telefônico. Morro de inveja, pois foi aos tapas com os colegas de diretoria. Até quis me fazer diretor da ferrovia; nem fervendo, respondi. Também redescobriu minha casa, desta vez só dois almoços. Deve ser porque não gostou da cozinheira. Depois sumiu de novo. Deixou saudade, não ele, mas Celândia, sua doce e querida mulher – nessas escolhas Samuel é mestre.

Programa Bem-te-(ou)vi

Whistleblower. n. One who reveals wrongdoing within an organization to the public or to those in positions of authority. No inglês literal um assobiador, e nos EUA identifica o cara que denuncia às autoridades ou ao público as ilegalidades nas organizações públicas e privadas. Se o Brasil fosse sério, já teríamos um programa bem-te-vi, de estímulo e proteção a essa gente. Mas acabam na pior, como o motorista do Collor e o jardineiro do Palocci. Bem aqui na nossa Curitiba tem um bem-te-vi cuja gaiola está cada dia mais apertada. E olhem que o repertório dele é riquíssimo.

Dante Mendonça & MAX

O MAX recomenda a leitura da coluna de Dante Mendonça, hoje no Estado do Paraná. Matéria rigorosamente objetiva e fiel, só faltou nela dizer que o editor do MAX também é bonito e elegante. Desta vez passa, a entrevista foi por telefone. Valeu, Dante.

Mila, Mirella e Mel

Estão no prédio há cinco anos: Mila, em casa, Mirella nos Tertuliano e Mel com os Vicente. Primas, nomes assim foi coincidência. Vieram em épocas diferentes, reconheceram-se aqui e mal se falam. Passado triste, talvez; temperamentos difíceis, com certeza. Mas fizeram a diferença. A Mel trouxe lá do fundo a ternura que a contabilidade e assembléia legislativa tiraram de Ireno. Humilha as primas com as roupas caras e as idas semanais ao cabeleireiro, mania das irmãs mais velhas. Mirella é um sarro: parece um moleque, vive brigando na rua. Jogo do Paraná, tenha certeza, ela com a camiseta – tem um tio fanático pelo Clube. Mila no final, regra de boa educação. É neurótica, daquelas de guerra. Obsessiva, opiniática, ciumenta e possessiva. Sabe o que quer e como conseguir. E os amigos da família adoram a Mila. Já a mim, que pago a comida...
Se disser que são seres humanos é ofensa. A elas, as yorkshires de nossas vidas.