domingo, 27 de maio de 2007

Mila, Mirella e Mel

Estão no prédio há cinco anos: Mila, em casa, Mirella nos Tertuliano e Mel com os Vicente. Primas, nomes assim foi coincidência. Vieram em épocas diferentes, reconheceram-se aqui e mal se falam. Passado triste, talvez; temperamentos difíceis, com certeza. Mas fizeram a diferença. A Mel trouxe lá do fundo a ternura que a contabilidade e assembléia legislativa tiraram de Ireno. Humilha as primas com as roupas caras e as idas semanais ao cabeleireiro, mania das irmãs mais velhas. Mirella é um sarro: parece um moleque, vive brigando na rua. Jogo do Paraná, tenha certeza, ela com a camiseta – tem um tio fanático pelo Clube. Mila no final, regra de boa educação. É neurótica, daquelas de guerra. Obsessiva, opiniática, ciumenta e possessiva. Sabe o que quer e como conseguir. E os amigos da família adoram a Mila. Já a mim, que pago a comida...
Se disser que são seres humanos é ofensa. A elas, as yorkshires de nossas vidas.

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