segunda-feira, 14 de maio de 2007

Teoria do caos (3)

Na crítica às despesas da comunicação social até que peguei leve. Mas na Sanepar só valia elogio. Não gostaram quando perguntei se conheciam a regra da impessoalidade, que está na constituição, tamanha a difusão no Diálogo à pessoa do presidente. Perguntei à gerente da época - aquela que saiu em janeiro passado, depois que o presidente do Conselho, Botto, pediu relatório sobre as despesas. (Afinal, começaram o inquérito? Terminaram o inquérito? Pode perguntar? Ou ofende?). A resposta veio protocolar, mas pesada: que perguntasse ao governador. Outra delicadeza, infantil não fosse maldosa: na edição seguinte do Diálogo (sempre com o mesmo luxo de impressão) veio uma foto minha. Descobriram que eu estava com ciúmes, também queria aparecer. Logo eu, feio como sou. Coincidência das coincidências, um desses jornais das reportagens de hoje deu três dias de notinhas ameaçando pessoas não nominadas de divulgação de dossiês - as pessoas eram facilmente identificáveis como o Botto e este que vos escreve. Por favor, queria eu, não acabem com o Diálogo, pois na Sanepar impera a superstição do resolvido: por que mudar o que existe há tanto tempo? Só usem o formato e o papel usado no tempo do Lerner. Daí entendi: se o Lerner oferece estrogonofe, nós oferecemos caviar.

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