segunda-feira, 14 de maio de 2007

A teoria do caos (2)

Quando bati as asas na Sanepar para reclamar dessas despesas - isso em junho de 2006 - eu só pensava no absurdo de ter lá uma revista bimestral, o Diálogo, distribuída internamente, com papel caro e impressão luxuosa, colorida, edição de 7 mil exemplares custando perto de 35 mil. Ah, sim, com farto registro fotográfico das andanças dos diretores, mostly o presidente. Além da revista, tem um portal de notícias e xeroxes diárias para diretores e gerentes da imprensa. Os diretores ainda recebiam até quatro jornais diários e revistas semanais. Fiquei chocado com o custo de uma gerência, a de comunicação social, com um terço dos funcionários de minha diretoria, sendo apenas 30% inferior ao desta. E a falta de eficiência da comunicação social no responder a tanta crítica na imprensa da Capital e interior aos problemas ambientais causados pela empresa. Falava isso para o Manda-Chuva, falava para o Batatinha. Nada. Virei o Guarda Belo deles lá. Quando levei para o Conselho de Administração - o presidente Botto autorizou que incluísse em pauta - foi o maremoto. Mexi na área sob supervisão direta do presidente da empresa, com crítica que podia respingar no diretor financeiro. Mas só porque o meteorologista do MIT aqui questionava eficiência e custo? Isso não é natural numa empresa? Não é normal na administração pública? Comecei a ver que lá vigorava um outro padrão de normalidade: a deles.

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