segunda-feira, 14 de maio de 2007

Habemus papa

E que papa! Lembra um pouco o Inocêncio XIII, que reinou a partir de 1721 - e teve cinco papas na família antes dele. Era nepotismo por merecimento. (Não posso falar mais porque emprestei minha enciclopédia dos papas a um amigo, que ainda não devolveu. Não dou o nome porque o cara é da oposição. Só concordamos quanto à Igreja). O nosso Benedito XVI (não gosto de Bento. Bento pra mim só o Monteiro Lobato, que também foi empreiteiro em S. Paulo, mas de livros. E Benedito, vá lá, tem uns por aí meio esquisitos) me conquistou ao dizer que Igreja e política não se misturam; que capitalismo e socialismo são farinha do mesmo saco. Estou em dúvida naquilo de abstinência dentro e fora do casamento. Dentro tudo bem, é até normal. Mas fora? Devagar com o andor. Falei do Inocêncio. Ele enquadrou os jesuítas, os primeiros políticos da Igreja, tanto que flexibilizaram a teologia para ganhar adeptos e poder. E abriu espaço para o jansenistas, que queriam, como Benedito, a fidelidade aos dogmas. Falta um tiquinho pra eu voltar a confessar e tomar comunhão. Se confesso pra deputado, por que não posso confessar pro Paulo Botas, por exemplo? Quem já sorveu o ar de uma sacristia não esquece. É como o primeiro De Millus. Se o Benedito restabelecer a missa em latim podem saber: estou na primeira fila ali do Perpétuo Socorro. Na missa das quartas à tarde, que ninguém é de ferro.

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