quinta-feira, 17 de maio de 2007

Risco de morte 3

Chega de risco de morte. Até já me disseram para tomar cuidado, pois estou na mira da súcia. Mas não dá para agüentar isso que a imprensa fez: acabar com o velho, eficiente e pleno de significado risco de vida. Até o Celso Nascimento entrou nessa. E olhem que CN é daqueles antigos, pois fez escola pública, estudou latim, leu os clássicos. Ele é que nem o Cony, tem redação própria. Quando leio esse absurdo lembro que a gramática apropriou-se das categorias da lógica aristotélica: sujeito, predicado, objeto.
Gente, não existe risco de morte; o risco é de vida, mesmo. Para morrer é preciso estar vivo. A morte é uma circunstância da vida. Lógica, linear e simples: a morte não existe por si mesma, como evento de origem. A vida sim.

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