quinta-feira, 17 de maio de 2007

Navalha na carne

Não é bem nepotismo, mas tem alguma coisa dele. Na sua última operação - Navalha; que nomes eles arranjam - a Polícia Federal prendeu o ex-governador do Maranhão, Reinaldo Tavares e dois sobrinhos do atual, Jackson Lago, que só não viu o alvorecer da cela porque a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, entendeu que não era o caso. Nunca é o caso nesse nível político. Mas para nós, aqui na planície, roendo-nos de raiva de ver tanta malandragem instalada no poder, foi um alento. Na operação a PF recolheu ainda dois filhos de João Alves Filho, ex-governador de Sergipe, além de um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado - que pela denúncia do M. Público Federal era operador do esquema. Em gravações autorizadas pela Justiça descobriu-se que ele levantou lá um capilezinho de R$ 216 mil para os filhos de João Alves Filho. Falando em João Alves Filho é interessante lembrar que ele obteve um daqueles financiamentos da Banestado Leasing no governo Lerner. Daqueles que nós ainda estamos pagando junto com a multa que o governador Requião vem dizendo que vai ser perdoada.
Ia quase esquecendo. Reinaldo Tavares, quando governador do Maranhão, ganhou um mimozinho da Construtora Guatama, beneficiária das fraudes em licitação investigadas pela PF. O mimo era nada menos que um Citroën 2005 - carro do ano, na época. Carrinho barato, quase uma jabiraca; só vale R$ 110 mil.

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