Domingo de sol, a arquiteta, linda, rica, solteira, naquela idade esplêndida imortalizada na música de Nelson Gonçalves - também talentosa (ganhou prêmio em Paris) – vai caminhar no parque, digo, no Bosque Português, ali no Jardim Social. "Perto de casa", diz ela justificando a má escolha. Sei de experiência: o cheiro de esgoto é pior que na assembléia legislativa, o pavimento é impróprio e o trecho é curto; salvam-se os poemas naqueles marcos de concreto, que nosso Greca selecionou pessoalmente quando prefeito. Sózinha – onde estão os homens livres deste planeta? – chega ao fim da pista e do meio do mato sai um desses motoqueiros folgados. Muito folgado, tão folgado que, imperturbável, continuou brandindo a estrovenga, naquele característico ato de sacudir. O folgado, sempre folgado, nem se abala. E você? perguntei à linda arquiteta. "Quem nunca viu não sabe o que é. Quem já conhece não se assusta", diz-me a moça. Viva Mussum, sábio e trapalhão.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
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4 comentários:
A personagem autorizou divulgar a identidade: Daniela Slomp Busarello. E por telefone fez este comentário: "perdi a chance de agarrar o motoqueiro. Adorei os elogios. Beijo".
O motoqueiro em questão não sou eu. Mas......
Se for o caso posso comprar uma moto nesse exato momento.
adorei esse negocio de blog!
ainda pode dar casamento!!!
hahahahha
danipinkymotoqueira
Como assim dar casamento?
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