terça-feira, 26 de junho de 2007

O empresário Ludovico e a "prostituta" Sirlei

Anotem nomes e qualificações: Ludovico Ramalho Bruno, empresário naval, pai de Rubens Arruda, um dos universitários que no Rio de Janeiro espancaram a cidadã, casada, mãe e empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho Pinto. Assim, sem nada, só de pândega. Acharam que a moça era prostituta. O pai entregou o esconderijo do filho, mas reclamou da prisão. Disse Ludovico (Folha de S. Paulo, edição de hoje, Cotidiano):
Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos...Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores.

Pois é, seu Ludovico. Há diferença entre seu filho, os amigos e os "outros bandidos"? – Existe, sim, os "outros bandidos" até mostram caráter. O estudo? – Por favor, estudo não faz o caráter de ninguém. Se fizesse, os políticos teriam lugarzinho reservado no céu, autenticado pelo TRE. O senhor está é com medo que os "outros bandidos" transformem seu filho e os amigos em prostitutas – e pior, nem paguem. "Crimes piores"? – Sim, existem, seu Ludovico. Se os moleques batessem na sua mulher e na sua filha seria bem pior.
E parabéns pelo ato-falho: "outros bandidos" diz tudo.

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