quarta-feira, 6 de junho de 2007

Os grandes salários da Sanepar

  • Tem dois tipos: os dos estratégicos e dos assessores. Os estratégicos, usando estratégia, subiram tanto que não puderam ser enquadrados nos níveis e referências do regulamento de pessoal. Ficaram fora, em dormência, esperando os salários dos saneparianos mortais chegarem perto. Nunca vai acontecer. São uns vinte altos funcionários, os que foram subindo, subindo. A gozação na empresa é que são estratosféricos, não estratégicos. O maior salário entre eles, na época - ainda deve ser - era o de José Roberto Zen, o último gerente do glorioso Paranasan. A justificativa para os altos salários: sem esses funcionários a empresa pára. Conta outra, ela está devagar, quase. Uma coisa é certa. Entra e sai governo, eles estão lá, men for all seasons, revezando-se em gerências, altas assessorias, até diretorias.
  • Os assessores. Dizem que é gente boa, conheço poucos. São tantos que nem tem lugar para todos. Confiram a diretoria do meio-ambiente, mais de vinte pelos meus cálculos. Bons salários, de R$ 4 até 9 mil. Podem ser funcionários de carreira, alguns até são. A maioria vem de fora, naquele expediente ilegal de serem nomeados para cargos na Casa Civil e - como não tem cadeiras nem mesas para eles lá - chegam à Sanepar em velocidade da luz. Vou falar nisso no próximo capítulo do Tráfico de funcionários. Para eles valem o QI e o RH, a indicação e o DNA; ou ambos. Tive que engolir três. Dois pude expelir, outro não. Quando o governador, semana passada, surtou e mandou fazerem cortes de despesas para não aumentar a tarifa, tive um momento de meia doidice e pensei: vão começar pelos assessores. Duvido. Talvez (re)comecem as terceirizações. Sei que até estão pensando. Vou combater daqui, pois terceirizar na Sanepar é sinônimo de custo acrescido, prejuízo pelo trabalho sem controle. E aquilo, sabem?

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