quarta-feira, 30 de maio de 2007

O tráfico de funcionários

Diário Oficial de hoje, como no de todos os dias: a Casa Civil autorizando cessão de funcionários. Saem da administração direta para a indireta e vice-versa. As cessões acontecem sempre garantindo primeiro a melhoria salarial e depois o interesse da administração. Tudo bem? Depende. Algumas vezes, de tão poucas que não contam - e isso lá nos antigamentes - tem aquele funcionário altamente qualificado, polivalente, que faz a diferença. (É o caso de Nestor Bueno, por exemplo, que hoje para mim é um retrato apagado de rica biografia de servidor público). E vai de um lado para outro. Mesmo naquela época o motivo real era outro: dar salário maior, que com o tempo entrava no acervo funcional. Na dúvida, confiram alguns marajás que ainda estão por aí, na maioria oriundos do primeiro governo Ney Braga. (Cito Ney porque seu governo foi o marco da transformação administrativa). Desde 1988 isso acabou, com a constituição, pois o sistema estourava a previdência. Mas a idéia de melhorar salário - ou dar emprego - continua. Agora se chama nepotismo o que antes era empreguismo puro. Mudou o sistema? - Não, mudou o nome. E o interesse público? - Ora, este é o daquele que está no governo. Como disse Jarbas Passarinho ao assinar o AI 5, "às favas os escrúpulos, senhor presidente". Vou chamar este post de tráfico de funcionários. Volto ao assunto, com o mesmo título.

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