sábado, 26 de maio de 2007

Japa Matador

Chama-se Maurício, codinome Japa Matador. Quase um menino, não tem nada de japonês. Bem, tem lá alguma coisa. Já Matador, os amigos dizem que sim. É viciado em mulher, que nem na música de Gilberto & Gilmar. Não faz distinção de raça, credo, cor, altura – e idade. Tem um fraco pelas orientais, daí o Japa. Vem de leve, conversa mole, fingindo inocente. E ganha todas – é o que diz; não conferi. Fissurado nas mais velhas, daquelas que podiam ser tias - da mãe dele. Freud explica. Pois não é que dia destes nosso herói vai ao médico (ao pediatra? perguntei). Sala-de-espera lotada, só aquela cadeira vazia. Ao lado, a oitava maravilha: morena, 1,75 (palavras dele: "maior a mulher, maior o desafio – que nem o Himalaia"), olhos verdes, 48 conservadíssimos, saradíssimos, tudo no lugar, roupas da Zara, emitindo um boticário de última geração. Deu liga na hora, o chinelo velho pro pé cansado, a tampa da panela, etc. Embalado, solto no piloto automático, convite pra sair, troca de signos, celular (endereço jamais), a morenaça sapeca aquele "o que você acostuma fazer no sábado de noite?". Pausa dramática. E daí? a turma quer saber. "Micou geral!" O Japa, além de Matador, é peneirento, exige português – diz ele – "castiço". O cara não se enxerga.

3 comentários:

Anônimo disse...

depois eu que sou egigente!

Anônimo disse...

Prezada Daniela Pinky Motoqueira....
Português bem falado é fundamental.
"Onde vc acostuma ir?"
Meu Deus!!!
Essa realmente - como dizem por aí - doeu lá no fundo do meu cérebro!

Ser "egigente" é uma qualidade...não de preocupe!

Anônimo disse...

ops....não se preocupe!!!