sábado, 26 de maio de 2007

Atores japoneses

Nada do óbvio, como falar de Toshiro Mifune, a quintessência dos atores do Japão, dos antigos o único que acabamos conhecendo. Deve ter tido iguais, ou até melhores. Mas daqueles que ainda estão aí , e a quem só não conhecemos por causa do imperialismo das distribuidoras e do comercialismo das locadoras, que nos impingem uma batelada de americanos. Procurando bem naquelas salas escondidas das locadoras vamos encontrá-los. Alguns nomes. Ken Takamura, 76, que trabalhou com Michael Douglas num policial de 1989, Black Rain. Takeshi Kitano, 60, também diretor, produtor, roteirista, que conhecemos também de um policial, Brother (2000), cuja história se passa em Los Angeles. Kitano lançou filme em Cannes neste ano. O excelente Ken Watanabe, 48, que fez o papel do Último Samurai (2003), com Tom Cruise, e o Batman begins (2005). E tem agora este último, que é sublime, o Kôji Yakusho, 51, em Babel (2006) e Memórias de uma gueixa (2005, lançado no Brasil). Kôji é uma espécie de Montgomery Cliff, atores da estirpe dos que só precisam do rosto para passar toda as emoções exigidas no papel. Ele foi o protagonista do Shall we dansu (1996), tão fantástico que deu remake americano (Shall we dance? 2005) com Richard Gere no mesmo papel. No Babel ele é o pai da garota desesperada para transar. (Aliás, o trecho que se passa no Japão é até dispensável no Babel. Mas pela intensidade dos personagens e o desempenho dos atores por si só renderia um filme).
Atrizes japonesas? Noutro dia, noutro post.

Um comentário:

Anônimo disse...

aconteceu que você pediu para eu ler um texto, e acabei lendo diversos...
eu, que conheço o japão, me perdoe, adorei o trecho do apão em babel. aliás, que no fim nõa sei se tem a ver com o japão, e sim, e muito com babel!
é muito louco aquele país, onde realmente não se entende nada. onde tudo está escrito em japonês, nada em inglês, e já viu isso em outro lugar? as casas não tem números. como eles acham os endereços?
enfim, ainda me colocam uma menina japonesa muda... achei bárbaro! achei muito sutil, e insano, e real. Além, claro do apto com visual fantástico, do amor do pai pela filha, da compaixão do policial pela menina...